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Náuseas

Neuras do dia-a-dia

Neuras do dia-a-dia

Náuseas

29
Mai20

De volta ("outra vez? buuu!")

náuseas

Muito tempo passou desde a última vez que por aqui passei. Pois. Sinto-me culpado. Adoro escrever, mas a vida real tira-me toda a energia para fazer as coisas que realmente importam. A rotina, o dia-a-dia, a falta de ócio. Tudo isto. E no entanto são apenas desculpas que dou a mim mesmo. Fujo de distrações, tento ler. Mas tenho uma dificuldade incrível para me concentrar e ler os livros "difíceis". Tudo foge, não entendo.  Mas de nada me serve lamentar, estou aqui novamente.  Talvez.

 

15
Mai19

Dentes branquinhos

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Hoje, sem razão aparente, veio-me à memória uma antiga colega de escola, a Ana Maria (por onde andarás tu, Ana?). Fomos colegas no 5º ou 6º ano, devíamos ter então 10 anos de idade. A Ana Maria era muito bonita, mas o que realmente sobressaía nela eram os seus dentes incrivelmente brancos. Talvez por ter uma tez bronzeada, a alvura dos seus dentes destacava-se bastante na sua linda face, especialmente porque Ana sorria muito, sorria sempre. Mas o episódio que inevitavelmente me veio à memória foi o dia em que Ana dizia acerca de mim a uma professora que eu "tinha uns dentes muito branquinhos". E esta?

13
Mai19

Saudades do maravilhamento

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E a saudade do tempo em que fui músico continua a assaltar-me ocasionalmente. Não por ter sido um tempo em que ainda tinha sonhos e em que o corpo não se recusava a fazer o que lhe era pedido. Mas saudades por ter sido um tempo em que não havia ainda os automatismos que hoje me fazem acordar todos os dias com sono, com dores e com tristezas. Saudade por ter sido um tempo em que a disponibilidade para me emocionar com o belo era total.

 

Hoje, condicionado com o quotidiano, essa disponibilidade é diminuída pelo cansaço do corpo. Mas ocasionalmente a emoção consegue ainda romper a casca rija com que a vida nos vestiu e o maravilhamento reaparece numa sinfonia de Brahms ou num poema de Pessoa.