Se não fosse humano gostaria de ser uma Efémera
Se não fosse humano gostaria de ser uma Efémera. Não que goste particularmente de insectos (tenho pavor de aranhas!), mas sempre invejei a fugacidade que é a vida deste pequeno animal. Ter tido uma vida em que apenas a infância contou e onde tudo fluiu docemente no leito de um rio.
Quando esta fase da vida finalmente termina e a idade adulta chega, deixa de ser necessário comer, beber ou dormir. Restam apenas algumas horas nesta fase final, passadas a voar e a tentar propagar a espécie. E tudo termina rapidamente, a Efémera extingue-se suavemente na água. Um ciclo doce. Uma existência fugaz.
(Isto foi o desafio: o outro animal lançado pela Ana.)